sábado, 21 de fevereiro de 2009

"Fechando e abrindo a geladeira a noite inteira"



Me pego pensando em você as onze e meia da noite de um domingo doloroso. O sofrimento não vem da distância, talvez da dúvida. Sem saber que rumo tomar, tomo um refrigerante, um copo de leite, fumo um cigarro, e por fim abro uma cerveja. A tevê, companheira na solidão, não distrai, não diverti. Um livro. Não passo do primeiro parágrafo. Insisto em apagar as lembranças de vez, e-mails, fotos; seus torpedos já foram todos deletados num acesso de raiva enlouquecido. Queria tê-los agora, seriam um reconforto, ilusão, esperança. Me faziam acreditar num futuro de mentiras que já não faz muito sentido: Transe: uma viagem psicodélica. A nossa música – que original – escolhida por mim sem que você soubesse, toca, toca. Nessas horas, nada ajuda. Todas as músicas parecem ter sido feitas, com molde, exatamente para você. Penso em como o amor é difícil, baseado em incertezas que dezenhado um barquinho o lançam ao abismo. Meus pensamentos desmantelados me desconcertam. Gosto de estar com você, embora, em geral, não passem de sensações que, como todas as outras, enganam. mais seu cheiro foi o unico que ficou. Queda. Queda. Imaginar sua boca, meu território, meu reino, invadido e saqueado por outros exércitos faz com que eu queira decretar a tão sonhada paz, hastear uma bandeira que possivelmente te traga de volta.Os clichês me assolam. É o desespero. Já não sei o que sinto. dizem que na grecia antiga você não se apaixonava era apenas pego por afrodite. Esse coração não bate nem apanha, diz a música. Desisto, penso que tudo isso é tolice, fumo um cigarro e vou dormir. assim pedo por uma deusa.



"tudo que foi chorado, já foi por mim"

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

eu quero só paixão fogo e segredos...


Madrugada, Azul sem luz, dias de brinquedo linda assim me veio e eu me entreguei, como um selvagem, como um brilho esperto dos olhos de um cão


Amor, amor, diz que pode depois morde pelas costas sem querer

Amor, amor, assim como um leão caçando o medo


Meu caminho nesse mundo eu sei vai ter, um brilho incerto e louco

Dos que nunca perdem pouco, nunca levam pouco

Mas se um dia eu me der bem, vai ser sem jogo


Amor, amor, fiel me trai e me azeda, me adoça e faz viver

Amor, amor eu quero só paixão sobre os segredos


Amor, amor, diz que pode depois morde pelas costas sem querer

Amor, amor, assim como um leão caçando o medo

Amor, amor eu quero só paixão fogo e segredos.




Você pode ficar escondida em casa, protegida pelas paredes. Mas você tá viva, e essa vida é pra se mostrar. Esse é o meu espetáculo. Só quem se mostra se encontra. Por mais que se perca no caminho.



CAZUZA.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

MAÇÃ


Ela é linda, tem um cheiro e um gosto de fruta mordida, esta me deixando um pouco embaraçado eu confesso.


mais eu quero devorar essa maçã. entende?


mais acho que ela não quer ser devorada assim.


um dia ela falou comigo, a maçã. vc acredita?


eu acredito sim que uma maçã possa falar, eu não fiquei surpreso por que a maçã falou, mais sim, o que ela falou. sabe o que ela disse?


pra eu não desistir dela. rs!

mais por que? eu não entendo.

ai os meus pensamentos começam a se desorganizar.

no princípio estava tudo organizado, juro. mais depois eu começei a enxergar a maçã.

não sei o que deu em mim, eu fui me encantando cada vez mais.

eu quero essa maçã pra mim.




POR FORA É VERMELHA POR DENTRO.........

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

um barquinho um livro e o resto? o resto é mar... é tudo que não sei contar... "momentos intensos guardados num barquinho" éé para... rsrs!!!


O Barquinho

Composição: Roberto menescal/Ronaldo Boscoli


Dia de luz, festa de sol
E o barquinho a deslizar
No macio azul do mar
Tudo é verão, o amor se faz
Num barquinho pelo mar
Desliza sem parar...Sem intenção, nossa canção
Vai saindo desse mar e o sol
Beija o barco e luz
Dias tão azuis
Beija o barco e luz
Dias tão azuis
Volta do mar, desmaia o sol
E o barquinho a deslizar
E a vontade é de cantar
Céu tão azul, ilhas do sul
O barquinho é o coração
Deslizando na canção
Tudo isso é paz, tudo isso traz
Uma calma de verão
E então
O barquinho vai, a tardinha cai
O barquinho vai, a tardinha cai...

ANDO MEIO ACAZUZADO.


"Por enquanto, o que me dá maior prazer além da música, da arte. é o beijo na boca. Aquele lance do beijo que é o "fósforo aceso na palha seca do amor". O beijo começa tudo; é da boca que vem a relação... a primeira vez que se entra numa pessoa. Pra mim, é essencial. Sou capaz de ficar de pau duro se beijar alguém. Sexo sem amor dói, mas ao mesmo tempo é ótimo. Isso me angustia, mas é a melhor forma de viver. sem a nostalgia de um romance. Aquela coisa cristã de ter alguém. No fundo é uma escolha essa falta de compromisso. Afinal, não é todo dia que você encontra sua Yoko Ono. E enquanto ela não pinta vou levando na sacanagem".


cazuza.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

"O Filme Branco de Fernado Meirelles"


Se você é brasileiro, adulto, razoavelmente inteligente, com acesso mínimo a meios de comunicação e, ainda assim, não ouviu falar nem leu nada a respeito de Ensaio Sobre a Cegueira (Blindness, 2008), de Fernando Meirelles, saiba: trata-se de adaptação cinematográfica do livro homônimo do mundialmente aclamado escritor português José Saramago, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura em 1998. Coube ao diretor brasileiro, realizador dos badalados Cidade de Deus e O Jardineiro Fiel, o dúbio privilégio de tentar adaptar para a tela grande algo que havia recebido a curiosa alcunha de “infilmável”. Ele conseguiu.

Além de contar com Julianne Moore, Gael Garcia Bernal e Mark Ruffalo, o elenco traz também a atriz brasileira Alice Braga, a mesma da película “Eu sou a Lenda”.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

"Só o rosto é indecente. Do pescoço para baixo, podia-se andar nu" Nelson Rodrgues


17 CENAS DE NELSON RODRIGUES A peça teatral 17x Nelson – o inferno de todos nós tenta resumir Nelson Rodrigues.
inferno que vivemos todos os dias: o preconceito, um parente louco, uma sogra na cadeira de rodas, a traição, a hediondez, a inveja, a ganância, a agonia do câncer, seja ele no corpo ou na mente das pessoas. Estes são alguns dos temas apresentados por meio das cenas das 17 peças escritas por Nelson Rodrigues, no espetáculo 17x Nelson – o inferno de todos nós .