Os Loucos
Lázaro Barreto em Paráfrase de Roberto Fernandez Retamar
Só os normais, estranhos seres, são felizes.Não sofrem mãe louca, pai bêbado, filho delinqüente.Não amargaram a casa dos outrosNem choraram uma doença desconhecida.
Eles, fartos de roupas e de sapatos,Viveram os dezessete rostos da aletria.Atravessaram crises e epidemias incólumes.Eles que nasceram com a bunda para a lua.
Eles, os normais, são amados até o punho.Homens vestidos de trovão e mulheres de relâmpagos.Altos funcionários, se querem um emprego.Galantes pleibóis, se não querem.Eles são felizes como as aves, o estrume, as pedras.
Mas que dêem passagem aos que fazem os mundos,as sinfonias, os sonhos, as palavras.Que destroem e constroem, a esses, mais loucosdo que as mães, mais bêbados do que os pais,mais delinqüentes do que os filhos e muito mais...Devorados por amores calcinantes.Que a esses deixem ao menos o lugar no inferno.E basta.
domingo, 18 de novembro de 2007
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
"dinheiro, faça política, se você quer amor, faça arte"
Amor À Arte Quando lhe conto O que seguro sento Me entende menos DO Que uma lebre morta. E isso que não pinto quadros Deixo os marcos em alvo. E isso que não pinto quadros Deixo o azul do céu em alto. Eu faço amor Por amor à arte E não me entende Mas é uma beleza Uma beleza para mim Somente para mim E ninguém me entende. Quando lhe conto O que creio que sento Mira com uma mirada fixa, Que não vê. E isso que não pinto quadros Deixo os marcos em alvo. E isso que não pinto quadros Deixo o azul do céu em alto. Eu faço amor Por amor à arte E não me entende Mas é uma beleza Uma beleza para mim Somente para mim E ninguém me entende.
"O MITO"
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